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Compliance e tecnologia: entenda essa relação

Compliance e tecnologia: entenda essa relação

compliance e tecnologia

Gerir uma empresa não é uma tarefa simples. Várias questões precisam ser acompanhadas para que o negócio, além de ter uma boa imagem para os clientes, fornecedores e parceiros, cresça e aumente o seu grau de competitividade no mercado.

Entre as principais ações para conquistar esses resultados, destacamos as políticas de Compliance. O conceito não é novo, mas vem ganhando força atualmente. Seu principal objetivo é assegurar, por meio de algumas práticas, a sobrevivência da empresa, adequando-a às normas dos órgãos de regulamentação.

O Compliance aliado à tecnologia ganha eficiência e inteligência, tornando a gestão empresarial mais profissional e, principalmente, segura. Para saber mais sobre a importância dessa relação, continue a leitura!

Veja como surgiu o Compliance

Compliance é uma palavra inglesa derivada do verbo “to comply”, que em português significa estar de acordo com uma regra. O conceito surgiu na legislação americana, no início do século 20, quando foi criado o Banco Central dos Estados Unidos (FED) para tornar o ambiente financeiro mais seguro e estável.

Nos anos 70, nos Estados Unidos, foram descobertas diversas empresas privadas e até governos que estavam envolvidos em esquemas de corrupção. Para evitar que o escândalo se repetisse e tomasse proporções ainda maiores, foi criada a Lei Anticorrupção Transnacional, que tornou ainda mais rígidas as penas para empresas envolvidas com corrupção no exterior.

Na mesma época, tanto as organizações que participaram dos atos de corrupção quanto as que não estavam envolvidas adotaram práticas de Compliance. O propósito principal era melhorar a imagem da marca para ter mais receptividade nos mercados americanos e internacionais.

Aqui, no Brasil, o Compliance ganhou visibilidade em 1922. Foi na época em que o mercado nacional abriu portas para as empresas estrangeiras. O país, nesse caso, teve que atender aos padrões éticos para evitar atos de corrupção, principalmente diante da competitividade entre as empresas transnacionais.

Já em 2014, o Compliance recebeu ainda mais importância. Afinal, foi no ano em que diversos esquemas de corrupção foram descobertos. Iniciou-se, então, a operação Lava a Jato. Um ano antes, já existia a Lei Anticorrupção (nº 12.846), que define a responsabilidade da pessoa jurídica por atos contra a administração pública. É válido ressaltar que o Compliance está inteiramente ligado à essa lei.

Entenda como funciona o Compliance no Brasil

Agora que deu para entender como o Compliance surgiu, vamos nos aprofundar diante do seu funcionamento no Brasil. Estar em Compliance é agir em conformidade com as políticas, com os códigos de conduta e com a legislação existente em áreas externas e internas de uma empresa.

Diversos segmentos e setores adotam este conceito porque ele está relacionado à Governança Corporativa. Trata-se de um modelo de gestão que visa gerir, acompanhar e incentivar as empresas a agirem com responsabilidade corporativa na conformidade com as regras. Basicamente, isso quer dizer que a empresa e todos os profissionais que compõem a organização devem ser orientados sobre como realizar suas atividades dentro do que a lei especifica.

O departamento de Compliance é o responsável por acompanhar as organizações a fim de garantir que nenhuma ação ilícita seja praticada. O setor é composto por equipes multidisciplinares que são capazes de avaliar as mesmas situações por diferentes ângulos e prevenir repercussões que envolvam a imagem da empresa. Geralmente, ele atua com o departamento de recursos humanos para que, juntos, criem e implementem uma cultura organizacional baseada em ética.

Saiba como a tecnologia está relacionada ao conceito

Para que o programa do Compliance atue com eficiência, a tecnologia é fundamental e uma grande aliada. Tendo em vista que o controle interno dentro da empresa diante dos procedimentos e das operações da organização é indispensável, não podemos negar que também se torna desafiador para muitos.

Isso porque acompanhar um grande volume de dados e informações, que vêm de diversas fontes, é praticamente inviável. Realizar essa atividade com agilidade, eficiência e segurança — mesmo empresas que têm um setor de Compliance — é bem difícil.

Por essa razão, a adoção de tecnologias se sobressai. Graças às soluções tecnológicas é possível garantir que o fluxo de informações da empresa seja feito em sua totalidade e possibilitar uma comunicação efetiva para difundir uma conduta de integridade.

E tem mais. O programa de Compliance também é responsável por inibir fraudes que podem ser causadas por erros humanos (voluntários e involuntários). Logo, o software ERP, por exemplo, é uma ferramenta efetiva para implementar o Compliance dentro das empresas.

Ele fornece uma visualização completa no que diz respeito às áreas fiscais e contábeis. Dessa forma, somente pessoas autorizadas, principalmente que dominam os aspectos da legislação, podem realizar as atividades e acessar as informações.

Sem contar que a tecnologia também integra as informações da empresa entre diversos setores, o que acaba melhorando a performance do negócio e evitando ajustes e retrabalhos. Não podemos deixar de citar que a relação entre Compliance e tecnologia tem a ver com a confiabilidade dos dados. Soluções como Inteligência Artificial e Big Data reúnem e analisam dados de forma rápida e estratégica. Isso aumenta a confiabilidade das informações, influenciando na tomada de decisão assertiva e coerente.

Investir em um programa de Compliance é colocar a empresa em um patamar estratégico e fundamental para que ela alcance um nível de excelência que é crucial para a sua atuação. A gestão do Compliance, por sua vez, pode ser feita a partir de soluções tecnológicas, que tornam o processo mais ágil, seguro e efetivo.

Este texto contribuiu para os seus conhecimentos? Saiba também como garantir o cumprimento da legislação fiscal. Boa leitura!

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