Robotização pura e simples: a tecnologia a seu dispor
Após ouvir 2 mil profissionais na Europa e nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (Alemanha) concluíram que os trabalhadores preferem perder o emprego para robôs a verem suas tarefas sendo feitas por outros seres humanos. Você também pensa assim? Pois saiba que essa tendência já está virando realidade em muitas empresas e processos. Mas como isso afeta os empregos? Como que as empresas se preparam para usar essa tecnologia? Como isso impacta o trabalho e a vida em geral?
A robotização hoje está a um estalar de dedos. O uso crescente da automação robótica de processos (Robotic Process Automation – RPA) e de tecnologias cada vez mais “inteligentes” tente a automatizar atividades repetitivas e outras tarefas que exigem precisão matemática, minimizando falhas humanas. Alguma semelhança com a contabilidade? Pois é…
O setor contábil é um dos que deve ser amplamente impactado tanto para o bem, como de forma negativa pela robotização. E, como já falamos aqui mesmo neste blog, o caminho é o escritório contábil passar a adotar um perfil mais consultivo e, portanto, com maior valor agregado em seus serviços.
Os robôs na esfera corporativa
A evolução tecnológica recente, somada à popularização da internet, são dois dos principais fatores que têm contribuído para que cada vez mais processos cotidianos, empresariais ou pessoais, sejam automatizados. Todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de um processo ou de intervenção criativa, pode muito facilmente vir a ser substituído por uma máquina.
Essa visão é compartilhada por Rodrigo Imparato, especialista em projetos de sistemas corporativos, automação e robotização (RPA) de processos. “Quando eu olho uma área e converso com um funcionário que me diz que faz duas vezes uma mesma tarefa, eu já tento ver se pode ser automatizada. Um exemplo prático é o analista financeiro, que tem de levantar quais empresas estão com um valuation interessante para apresentar aos seus clientes. Então, ele pega algumas informações no balanço publicado da empresa para efetuar o cálculo. Ora, um robô cabe muito bem nessa função”, aponta.
Dessa forma, a tecnologia pode ser utilizada para automatizar rotinas de trabalho, transformando a forma com que dados e transações são processados. Com a utilização de robôs capazes de interagir com sistemas e sites, processos de busca e interações podem ser automatizados de maneira cada vez mais simples.
Com a RPA é possível, por exemplo, aprimorar processos de cadastro nos mais diversos setores; no RH, com as folhas de pagamento; na TI, com os servidores; na administração, em compras e pagamentos e na contabilidade, com auditorias e apuração de impostos, entre outras tarefas.
Os prós e os contras da robotização
Logo na abertura do texto nós destacamos a pesquisa apontando sobre a substituição por robôs das tarefas executadas por humanos. Claro, esse é um fator apontado por muitos como sendo não vantajoso, uma vez que as pessoas terão de buscar conhecimento em metodologias que visam trazer agilidade para o desenvolvimento de um produto ou serviço. Caso contrário, serão substituídas por robôs.
Mas como evitar esse “medo” de ser substituído? Para Imparato, “nunca um robô irá fazer 100% de uma tarefa de um humano. O robô vai tirar de fazer um trabalho repetitivo. Mas precisa que alguém confira se o que ele está fazendo está correto. Alguém que o ‘direcione’ em como pensar. Posso citar um exemplo: um corretor de investimento lista 50 empresas para um cliente e faz um ranking disso. O robô pode fazer essa listagem. Mas o analista deve checar se as informações estão corretas e se para aquele cliente é mais vantajoso, explicando porque ele acredita que investir em X é mais interessante que investir em Y. Isso o robô não fará”.
Há de se destacar que a substituição de homens por máquinas não é novidade, pois ocorre desde a Revolução Industrial. O especialista aponta que esse processo precisa ser enxergado como uma evolução e o foco da discussão deve estar na qualificação das pessoas diante das mudanças inevitáveis dos próximos anos. “Eles [empresários] precisam pensar em ter uma política de realocação, porque custa caro treinar um profissional. É preciso treiná-lo para ser mais analítico e ter valor a ser agregado nas tarefas do dia-a-dia”, salienta.
É fato que robôs têm alta capacidade de processamento de informações e ganham com uma enorme margem dos humanos quando o assunto é executar tarefas rotineiras ou protocolares. Porém, essa tecnologia disponível deve ser usada visando promover avanços e desenvolvimento para organizações e pessoas, aproveitando todos os pontos positivos que a Inteligência Artificial nos proporciona. “Para aproveitar essa tecnologia é importante que os funcionários não só executem as tarefas do dia-a-dia, mas parem para pensar ‘porque eu faço isso?’, ‘Eu posso fazer diferente?’. Se você responder que foi assim que te ensinaram, pode começar a rever seus conceitos”, ressalta Imparato.
Robotização na prática
Não só na contabilidade, mas em qualquer organização, aceitar que a tecnologia é indissociável da vida de pessoas e empresas e que é necessário se adaptar é o primeiro passo para que o profissional tenha condições de atuar em um mundo cada vez mais tecnológico e acelerado. Afinal, a robotização, oriunda da inteligência artificial, é um caminho sem volta.
Mas, como dissemos anteriormente, os processos de robotização devem apoiar a atuação do profissional, sem substituí-lo ou torná-lo obsoleto. A Inteligência Artificial na contabilidade torna possível a automação de tarefas de cunho financeiro, tributário e de gestão, podendo indicar riscos e oportunidades, e permite com que a máquina aprenda a tomar decisões operacionais.
E, como o nosso foco é a área contábil, fiscal, tributária e financeira, podemos afirmar categoricamente que a função do contador necessita de aperfeiçoamento e reinvenção, com foco na alta performance e atuação cada vez mais em consultoria, análise de gestão, governança corporativa, auditoria, contabilidade financeira e outros segmentos estratégicos.
Questionado sobre como iniciar essa automação em uma empresa, Rodrigo afirma: “Primeiro, eu acredito que o setor/departamento deva ter bem claro como é que funciona o processo do dia-a-dia. Se não tiverem, o desenvolvedor deve ser o ‘perguntador’. Até uma rotina mais simples deve ser estudada, como ‘por que você envia o e-mail todo dia?’ Você não poderia juntar mais dados e enviar a cada 15 dias, por exemplo? Isso o desenvolvedor pode fazer e achar um padrão nessa infinidade de processos. Segundo, a parte técnica. Saber onde buscar a informação ou como irá guardar a informação. Nesta etapa, o desenvolvedor busca se existe uma API espelhada com dados que ele irá precisar ou se vai ter que criar uma API para ser consumida. Que aplicação construir? Qual arquitetura irá usar? Quais validações precisará fazer? Existem muitas formas de desenvolver um sistema para isso. E, terceiro, mostrar para o setor no que irá facilitar tarefas cotidianas”.
A tecnologia que revoluciona
Já há algum tempo o setor contábil tem abandonado a antiga forma de registrar e armazenar informações, otimizando suas ações por meio de tecnologias e sistemas. Alguns aplicativos já são oferecidos no mercado e contam com inteligência artificial para desempenhar tarefas e capazes de prever, antecipar e reagir rapidamente a diversas situações, acompanhar o desenvolvimento mercadológico, ou mesmo da economia global.
Porém, como escolher a ferramenta certa? Qual é o melhor robô para você? Como funciona um robô na contabilidade? Nesse sentido, a única resposta é AUDITTO!
A Auditto, sendo uma empresa de tecnologia e que fornece soluções em software e automação de processos contábeis, entende como ninguém como revolucionar o setor.
Os robôs desenvolvidos pela Auditto executam diversas tarefas simultaneamente, trabalham o tempo todo, durante a noite e nos finais de semana, proporcionando uma produtividade maior para os escritórios de contabilidade, mais qualidade, menor chance de falhas, permitindo, inclusive, um planejamento de todas as atividades para curto, médio e longo prazos, internas ou orientadas para os clientes. E, claro, otimizando custos!
Vamos dar um exemplo: um comércio que possui alto fluxo de vendas diárias e precisa emitir notas fiscais sobre cada venda não dispõe de tempo e pessoal para efetuar esse serviço manualmente. Essa tarefa aparentemente simples pode ser automatizada por meio de um sistema inteligente e independente, dispensando a necessidade de um usuário para efetuar o trabalho manualmente.
Porém, com a Auditto, não é só isso que acontece. O processo todo de auditoria e monitoramento de obrigações é automatizado, onde robôs verificam todas as informações das notas fiscais.
Com um sistema de gestão de documentos fiscais automatizado, o gestor consegue saber muito rapidamente a quantidade de impostos que ele paga em cada nota fiscal e no somatório de um determinado período, tendo a resposta imediata sobre qual é a melhor decisão de vendas – ou de compras – de uma mercadoria.
Assim, pode saber melhor qual a margem de lucro que ele terá apenas verificando a quantidade de impostos a ser paga, já que a coleta das informações das notas fiscais é feita automaticamente pelo robô, que lê os dados e os organiza em categorias, permitindo uma leitura muito mais fácil para o tomador de decisão.
Com os robôs da Auditto trabalhando por você, os processos contábeis da empresa são monitorados no nível do detalhe, como acontece quando, por exemplo, for preciso preencher as informações de obrigações acessórias – em caso de erros, podem gerar prejuízo com multas.
Empresas que não possuem essa organização fiscal e não dão prioridade à gestão contábil automatizada com frequência perdem benefícios concedidos pelo fisco, acarretando maior carga tributária do que deveria.
Com um robô trabalhando por você, fica mais fácil lidar com o volume, a complexidade e a volatilidade das legislações. Sendo assim, apenas é possível identificar os erros e organizar a área fiscal com uma tecnologia e inteligência artificial, além de profissionais capacitados que podem apontar os caminhos a serem seguidos com exatidão e rapidez.
Essa é a verdadeira revolução! A tecnologia está aí para somar. E quem souber usar isso a seu favor não precisa se preocupar em ser substituído por um robô, mas vai precisar aprender a trabalhar junto dele.
Por Atracto
Fonte: Rodrigo Imparato é formado em Administração de Empresas e Análise de Sistemas pela FIAP e especialista em projetos de sistemas corporativos, automação e robotização (RPA) de processos, atuando como desenvolvedor de software e analista de negócios.
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